terça-feira, 10 de abril de 2007

TOXIC AVENGER


Quem assistiu não esquece!

O filme se passa em Tromaville, a capital americana do lixo tóxico. E na academia da cidade trabalha Melvin (Mark Torgl), um desastrado faxineiro, alvo de gozações dos perversos Bozo (Gary Schneider), Slug (Robert Prichard) e suas respectivas namoradas: Julie (Cindy Manion) e Wanda (Jennifer Babtist). Os quatro formam uma gangue de sádicos que aterroriza a cidade atropelando pessoas por diversão.

Vítima de um plano desses desordeiros, o fracote Melvin acaba caindo dentro de uma lata de lixo tóxico se transformando por alguma reação química bizarra no Vingador Tóxico! Agora, totalmente desfigurado, ele clama por vingança e justiça para todos os cidadãos de Tromaville e promete acabar sozinho com a vilania na cidade. Melvin se torna o temido Monster-Hero, amado pelas pessoas de bem e odiado pelo crime organizado.Esse é o enredo de Vingador Tóxico - O Extremo da Loucura Americana (Toxic Avenger, 1985), da fábrica de trash movies, Troma Films. Um clássico dos chamados filmes B, dirigido por Michael Herz e Lloyd Kaufman. Uma comédia adulta recheada de humor negro, violência e sacanagem.

Saiba mais em www.toxicavenger.com

DANGER MOUSE



Teve desenho animado mais louco que esse?

Danger Mouse, é um hilariante desenho animado sobre um rato branco, caolho, e seu assistente, chamado Penaforte. Juntos, eles auxiliam o coronel K, seu Comandante. Suas ordens eram salvar o mundo dos mestres do crime, como o melodramático sapo Barão Silas Greenback (Silas Costa Verde, em português) e seu bando e o abutre Stiletto. Os episódios de Danger Mouse foram ao ar no Brasil pela TV Record, de São Paulo, canal 7, na segunda metade dos anos 80.

O desenho Danger Mouse foi criado na Inglaterra por Cosgrove e Hall Productions Limited. Os episódios foram transmitidos pela primeira vez em 1981. Desde junho de 1984, ele começou a passar nos EUA, no canal Nickelodeon, à tarde. Foram lançados 3 home-vídeos, na Inglaterra. A série foi vendida para mais de 31 países, incluindo o Brasil.

COMO CRIAR O SEU BLOG


Alguns Blogs surgem quando a gerente do seu banco liga...

- É o Facundo?
- Ele mesmo.
- Oi, Facundo. É Maria Joana, aqui do banco!
- Como vai, Maria Joana? Tudo bem?
- Comigo sim, mas já com você... não é mesmo, Facundo?
- O que é que aconteceu agora, Maria Joana?
- Preciso de um depósito seu pra ontem. Tua conta ta pra lá de descoberta!
- Sei... Que é que a gente pode fazer, Maria Joana?
- Um depósito, Facundo!
- Quanto?
- Duzentinhos já melhoram as coisas! Mas tem que ser pra ontem!
- A empresa ta me fodendo, Maria Joana! Atrasaram o pagamento, foderam comigo!
- Ah, Facundo! Eu entendo, mas não dá mais pra segurar mais a tua barra aqui. To fazendo o possível!
- To sabendo! Porra, Maria Joana! Eu precisava passar aí e conversar com você, ver o que a gente faz.
- Vem sim, Facundo! Mas deposita pra ontem, senão vai complicar e eu não consigo mais segurar a barra!
- Beleza, Maria Joana! Eu te procuro.

Desliguei. Olhei pro monitor do computador. Olhei pra mesa. Olhei para as paredes e para as pessoas ao redor e também para a aranha no teto. Abri a carteira. Dez mangos. Tornei a olhar pro monitor, ver se ele me dizia algo, mas a única impressão que tive foi a de ver o reflexo do meu rosto estampado nele, olhando fixamente para mim, dizendo-me algo como “o que é que cê ainda ta fazendo aqui, meu chapa?”. Eu não soube responder. “Cê ta numa empresa de bosta, onde trabalham funcionários de merda, babaca!”. Fiquei quieto. Meu reflexo no monitor tinha razão. “Tem mais é que se foder, mesmo! Trouxa!”. E sumiu da minha frente, voltando a aparecer o fundo de tela.

Abri a carteira novamente. Os dez mangos ainda estavam lá. Mas por pouco tempo. Deixei tudo como estava, levantei-me e saí do setor sem nada dizer, e por fim saí de dentro da empresa e parei no primeiro boteco que encontrei. Como iria arrumar duzentas pilas se haviam por enquanto apenas dez na carteira? Sentei num tamborete e pedi uma cerveja, e fiquei lá bebendo e olhando os carros e as pessoas passando na rua, e depois pedi mais outra e fiquei fazendo o mesmo de antes, e matei a terceira garrafa fazendo tudo isso novamente. Decidi que por enquanto aquilo bastava e paguei. Veio um realzinho de troco. Agora eu precisava de mais cento e noventa e nove iguais àqueles pra ficar bonito na foto. A Maria Joana ia botar no meu rabo com vontade, com força. Ia me virar do avesso, me rasgar no meio, literalmente me foder!

E as pessoas e os carros e as pessoas dentro dos ônibus continuavam passando enquanto eu caminhava com 1.800 ml de cerveja na cabeça e nos rins, pensando no que fazer para arrumar aqueles duzentos paus. Achei que poderia assaltar alguém, mas minha educação e os poucos princípios que restavam não me permitiriam fazê-lo. Pensei em vender o corpo para quem quer que fosse, mas achei que eu não era atraente ou sexy o suficiente para que alguém se interessasse em pagar duzentos paus num traste como eu. Certamente teria que me vender para mais de uma pessoa e comecei a achar que não seria nada agradável, afinal de contas meu rabo era exclusividade da minha gerente, que logo mais iria fodê-lo com gosto, me rasgar ao meio, e eu não poderia decepcioná-la.

Quando dei por mim estava andando sobre uma passarela. Os carros e ônibus passavam rápido lá em baixo. Talvez a saída fosse me atirar dali. Não precisaria mais ficar de quatro pra minha gerente, e também terminar de pagar o carro e o seguro, e também o telefone, a água, a luz, não precisaria mais comer ou levantar no meio da noite para vomitar, nem tomar litros d’água para curar a ressaca, nem beber novamente para mandar todas essas coisas irem tomar no meio do cu. Só que eu sou covarde demais para fazer algo contra eu mesmo, ou contra quem quer que seja. Um puta dum bosta. Isso é o que eu sou. Continuei andando e andando e já eram duas da tarde e logo os bancos terminariam seu expediente e eu ainda não havia mudado a situação dos meus dois paus na carteira. Eles não se multiplicaram. Não treparam enquanto eu andava e andava. Também não encontrei nenhuma árvore cujos frutos fossem notinhas verdes de dinheiro, nem ninguém que cagasse grana, defecasse o vil metal. Eu estava fodido e mal pago, e dentro em breve minha gerente me ligaria dizendo que já tinha a vaselina em mãos. Ela iria me foder.

Fiquei pensando em todo o juros que teria que pagar, em toda a grana que eu precisava obter para cobrir minha conta corrente, meu cartão de crédito, meus empréstimos, as contas que não paravam de chegar, o carro, o seguro, a gasolina, a comida, a cerveja, o sexo, meias novas. Não havia nada que eu pudesse fazer naquele momento para melhorar a situação. Fiquei esperando por uma intervenção divina, uma luz qualquer que fosse, mas eu também não acredito muito na mão do destino, em anjos caídos, em planetas ou estrelas. Então não havia nada mais que eu pudesse fazer à respeito e resolvi acabar de vez com tudo. Parei noutro boteco e matei o realzinho numa dose de pinga. Acabou-se. Carteira lisinha.

Me dei conta também de que fiquei uma boa parte do dia fora da empresa, e que com certeza algum filho da puta estava sentindo minha falta - aliás, acho que as pessoas só sentem falta da gente quando elas precisam de algo nosso. De toda forma, eu teria que voltar para aquela bosta onde trabalhavam funcionários de merda (inclusive eu), pois meu carro estava lá dentro. Não pensei em mais nada e andei até voltar ao meu posto de trabalho. Entrei e dei de cara com o chefe.

- Onde você estava, seu merda?
- Como é que é!? Não entendi...
- Perguntei onde você estava, seu merda! Fazem três dias que eu te pedi aquele relatório!

Seu merda!? Pela primeira vez decidi doar-me à empresa. Abaixei as calças no meio do setor e mandei ver num cagalhão. Ploooft!!! Caiu tão bonitinha no chão, toda enroladinha, encolhidinha, e com aquela pontinha pra cima. Como diria Luiz Fernando Veríssimo, uma bosta para se expor na bienal, de tão bonita. O chefe ficou paralisado, a secretária correu ao banheiro para vomitar, o office-boy abaixou-se para não rir na cara do chefe, e eu peguei uma folha na impressora para limpar o rabo, e ao terminar o serviço, estiquei-a ao chefe. “Tá pronto o teu relatório” – disse-lhe.
Antes de ir embora, já com a carta de demissão na mão, liguei para minha gerente.

- Maria Joana? Sou eu, Facundo.
- E aí? Já depositou?
- Não, Maria Joana. Mas se você segurar as pontas só mais essa vez, te prometo que até o final da semana eu cubro não só os duzentos, mas liquido de vez minha dívida com esta tão honrada instituição. Que você me diz?
- Que foi? Ganhou na loteria?
- Melhor!
- Melhor?
- É! Muito melhor! Ganhei um pé na bunda! Fui demitido!
- Nossa! E agora, Facundo?
- Agora? Agora eu vou receber os meus tais direitos, depois pego a grana, deposito o que for necessário na minha conta desta nobre instituição, e o que sobrar – se sobrar – talvez dê pra lhe pagar um jantar!
- Eu sou casada, Facundo!
- Merda! Acho então que vou criar um blog!
- É mesmo? E como ele vai se chamar?
- BISQUI!